educação especial
Equipe Foco Educação Profissional
04/09/2018

Educação especial: você acha que é possível ter uma escola para todos?

A educação especial  é uma excelente alternativa para promover a igualdade e o respeito às diversidades de todas as pessoas. Nesse aspecto, as diferenças não são vistas com negativismo e como um problema, mas sim, como diversidades comuns.

Ela é importante para oportunizar a convivência entre todas as crianças da mesma faixa etária, incluindo as que têm algum tipo de necessidade educacional especial (NEE).

Contudo, ainda existem muitas dúvidas sobre esse assunto devido a sua complexidade. Vamos aprender mais a educação especial no Brasil? Continue lendo nosso artigo!

Uma escola para todos: é possível?

Quando a escola passa a incluir alunos com deficiência dentro da sala de aula regular, começa a repassar uma nova perspectiva de mundo, uma visão em que, mesmo apesar de algumas diferenças e também limitações, todos somos iguais.

Essas crianças, que antigamente precisavam ser “escondidas”, passam a ser visíveis para a sociedade: primeiro com as escolas especiais e as APAEs e recentemente com a obrigatoriedade das escolas regulares as aceitarem. Assim, facilita que elas encontrem o seu papel no ambiente escolar e no mundo.

Com a elaboração de uma política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, que impulsionou o aumento das taxas de matrícula de alunos da educação especial no ensino regular, foi necessário que as escolas revessem as suas premissas — que antes eram voltadas somente para alunos sem deficiência.

Sabemos que cada turma tem suas dificuldades e experiências individuais e coletivas. Nesse cenário, os professores precisam se adequar em promover um ensino de qualidade com tarefas que contemplem a todos os alunos, que começam a perceber a importância de somar os talentos para desenvolver as melhores habilidades.

A acessibilidade na educação

Para que a escola promova a inclusão educacional é preciso que as escolas promovam a acessibilidade. Isso significa que o ambiente escolar precisa de adaptações para enriquecer a convivência entre os colegas, ou seja, na educação especial é preciso ter um local acessível para os alunos com deficiências físicas — como é o caso de cadeirantes.

Quando falamos em acessibilidade, logo vem na cabeça a rampa (símbolo da acessibilidade) e de banheiros adaptados com corrimões. Porém, essas duas estratégias não podem ser as únicas ações promovidas na escola: o mobiliário e os equipamentos também precisam ser pensados. Eles devem enriquecer a autonomia e independência da pessoa com deficiência. Para promover a educação especial no Brasil as crianças precisam do direito de participar de todas as atividades com independência.

Dessa maneira, é preciso ter instrumentos, equipamentos e sistemas técnicos que ajudem a neutralizar as suas dificuldades. São precisos equipamentos para:

  • Área de higiene (barras de transferência para sanitários);

  • Vestuário;

  • Alimentação (utensílios domésticos);

  • Comunicação (sintetizadores de voz para computadores para pessoas com deficiência visual, pranchas e símbolos de linguagem);

  • Equipamentos para a prática de esportes (andadores, próteses, cadeira de todas, bicicletas adaptadas);

  • Equipamentos para favorecer o acesso (veículos adaptados, rampas e elevadores);

  • Brinquedos pedagógicos (adaptações de mão para uso de lápis, pranchas de apoio, prancha ortostática).

Quando falamos em acessibilidade na educação precisamos pensar em tudo o que o aluno com deficiência precisa para crescer e se desenvolver no ambiente escolar. Além disso, é necessário pensar em tudo o que ele precisa ao sair da sua residência e chegar até o espaço escolar.

De acordo com o Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2014, a acessibilidade é a “condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida”.  Assim, a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva precisa orientar a comunidade para saber lidar com todas as dificuldades dos alunos com deficiência e, mais do que isso, encontrar maneiras para facilitar o seu acesso às escolas.

Os desafios da educação especial

Até aqui, pudemos perceber que a educação especial inclusiva é uma maneira de incluir os alunos com deficiência dentro de um ambiente escolar que promova o respeito às diversidades. Porém, quando falamos com algum professor que lida diariamente com essas dificuldades, percebemos que a educação especial ainda precisa de adaptações.

Por isso, para que você compreenda mais sobre esse assunto, listamos os seus principais desafios. Veja mais!

1) Os problemas de linguagem e comunicação

Os problemas mais comuns quando falamos em promover a educação especial são os de linguagem e de comunicação.

Cada criança apresenta as suas dificuldades e é preciso encontrar maneiras para ajudá-la em seu particular. A alternativa mais simples (embora exija trabalho e criatividade) é adaptar todas as atividades para que a criança com deficiência consiga acompanhar o ritmo da classe. Tenha uma ideia mais aprofundada sobre o assunto complementando a sua leitura com a Educação Inclusiva: leia mais sobre o assunto e conheça o nosso curso‍.

Existem crianças que não conseguem falar (ou que a fala não é funcional) e precisam de alguns materiais alternativos (provenientes da comunicação alternativa) para repassar o que está pensando.

Por exemplo, quando é momento para escovar os dentes, pode-se mostrar para a criança uma foto de uma escova e de uma pasta de dente (para que ele entenda que aquele momento é o da higienização). Da mesma maneira quando é o horário do lanche, pode-se mostrar uma foto da própria criança fazendo o lanche ou da caneca e do refeitório da escola. Nesse aspecto, é sempre importante trazer fotos e figuras reais, para que o aluno entenda o significado dentro de seu ambiente escolar.

2) A formação dos professores

Grande parte dos professores não tem o conhecimento e vivência na alfabetização de crianças com deficiência. Por isso, inicialmente, pode-se haver certa dificuldade em questão de materiais e da maneira sobre como apresentar os seus conhecimentos de uma forma que será entendida por todos.

Por isso, investir em cursos online e cursos online com certificado são alternativas para ampliar os seus conhecimentos e saber como lidar com as situações que surgirem. Além disso, é possível encontrar diversos materiais e vídeos que possam minimizar as dificuldades encontradas dentro da sala de aula, como é o caso do Guia da Educação Infantil: O Processo de Construção do Conhecimento‍, Artes Visuais para Educação Infantil: conceitos, dicas e cursos online‍ e também Educação inclusiva: curso, práticas, definições e muito mais. Confira‍.

3) As redes de apoio

Para promover a educação especial inclusiva é necessário que toda a comunidade se envolva nesse processo, para:

  • Fortalecer a formação dos docentes;

  • Criar uma rede de apoio entre os alunos;

  • Fazer com a comunidade e família estejam envolvidas;

  • Auxílio com profissionais da área da saúde para atender as crianças.

Dessa maneira, podemos notar que as redes de apoio começam na escola com o corpo docente, gestão escolar e colegas de classe. Porém, é preciso ficar claro que a responsabilidade do aluno com deficiência não é inteiramente e exclusiva do professor: a família (como veremos a seguir) tem um papel fundamental nesse processo.

Além disso, a coordenação pedagógica precisa organizar momentos para que os professores conversem sobre a sala de aula e expressem as suas angústias, medos e dúvidas. Ao promover essa troca entre a equipe é possível compartilhar experiências e discutir estratégias para enfrentar as principais dificuldades.

4) A família

Outro aspecto que influencia no aprendizado dos alunos com deficiência é a família. Como vimos, a família compõe a rede de apoio e é uma importante aliada na escolarização das crianças. A família é a fonte de informações mais importante que vai auxiliar o professor nas necessidades específicas da criança. Por isso, é essencial estabelecer uma relação de confiança entre escola e família, porque somente esse vínculo pode favorecer o desenvolvimento da criança.

5) O Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Atendimento Educacional Especializado, na perspectiva da Educação Inclusiva, proporciona novos recursos para que o aluno com deficiência compreenda o significado das matérias trabalhadas em sala de aula. Dessa maneira, favorece a sua participação social e também proporciona o desenvolvimento da sua aprendizagem. O AEE pode ser feito dentro do ambiente escolar ou em turno inverso ao da escola. Se você quiser se aprofundar no assunto, confira o nosso  Curso Online Acessibilidade e Informática na Escola Inclusiva‍ ‍ e também  Curso Online Acessibilidade e Informática na Escola Inclusiva‍.

6) O Projeto Político Pedagógico (PPP) Inclusivo

Receber um aluno com deficiência na escola requer planejamento no Projeto Político Pedagógico. Isso porque é necessário realizar adaptações para promover o acesso à aprendizagem por todos os alunos. Dessa maneira, o Projeto Político Pedagógico precisa ser inclusivo. Mais do que isso, o professor precisa identificar as reais necessidades dos seus alunos e adaptar as atividades para que todos percebam sobre a importância de respeitar o próximo, criando um ambiente harmonioso e que favoreça o aprendizado.

7) As mudanças de estrutura física e necessidade de recursos

Conforme já citamos neste artigo, é preciso mudar a estrutura física da escola, promovendo a acessibilidade para o aluno com deficiência. Além disso, são necessários recursos para promover a aprendizagem, como materiais didáticos específicos.

8) Os profissionais da área da saúde

É muito importante estabelecer relações de parceria com profissionais da área da saúde, tais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, psicólogos e psicopedagogos. Eles podem esclarecer as reais necessidades das crianças e sugerir alternativas para o atendimento das suas necessidades, favorecendo a sua aprendizagem.

Dicas de livros sobre a educação especial inclusiva

Até aqui, você aprendeu novos conhecimentos sobre a educação especial. Contudo, sabemos que nesse cenário, sempre é preciso se atualizar e encontrar novos recursos para promover a educação inclusiva. Partindo desse princípio, separamos alguns livros para que você possa aprofundar os seus conhecimentos. Confira!

1) O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares

O livro, publicado em 2012, é organizado por Theresinha Guimarães Miranda e Teófilo Alves Galvão Filho e tem como tema central problematizar a educação inclusiva por meio de três vértices: a formação dos professores, as suas práticas e os seus lugares. 

2) Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas

O livro, publicado em 2009, tem como foco principal avaliar a relevância do contexto sociocultural para identificar o que a sociedade classifica como “normal” e “anormal” e os desafios das diversidades. 

3) Inclusão digital e social de pessoas com deficiência

O livro, publicado em 2007, foi escrito por Damien Hazard, Teófilo Alves, Galvão Filho e André Luiz Andrade Rezende e traz orientações para monitores de tele-centros, falando o que é a inclusão social e depois traçando parâmetros da tecnologia assistiva e qual o papel da informática na inclusão de pessoas com deficiência. 

4) Educação Inclusiva: práticas pedagógicas para uma escola sem exclusões

O livro, publicado em 2014, foi escrito por Luzia Guacira dos Santos Silva e fala sobre como acontece o processo de inclusão social nas escolas. Trabalha com uma perspectiva de sentimentos como o medo, angústias e insegurança, apresentando uma ampla discussão sobre a inclusão de pessoas com deficiência em uma sala de aula regular.

Sabendo que a educação é um direito de todos, surge o conceito de educação especial inclusiva para criar uma escola para todos. Promover a educação especial no Brasil é uma excelente alternativa para promover o respeito, igualdade e cidadania. Contudo, mesmo com a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, no cenário atual da educação, ainda encontramos diversas barreiras de ensino, seja por falta de capacitação, acessibilidade ou por falta de redes de apoio.

Por isso, para que o professor saiba como lidar diante de todas essas dificuldades enfrentadas em sala de aula, é essencial investir em cursos online e cursos online com certificado, como é o caso do Curso Online Educação Inclusiva. Assim, aprimora os seus conhecimentos e traz inovações e atividades que o ajudem a lidar com essas intempéries.

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Equipe Foco Educação Profissional

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